quinta-feira, 10 de julho de 2014

II CIRCUITO ALTERNATIVO DE TEATRO 2014 - MANIFESTO E INSCRIÇÕES

O CIRCUITO ALTERNATIVO DE TEATRO é uma iniciativa de alguns grupos teatrais de Fortaleza, cujas sedes vêm cumprindo, com grande produtividade, o papel de centros culturais alternativos, em detrimento das políticas públicas oficiais.

Em 2014 acontece sua II Edição que está com inscrições abertas, de 01 a 25/07, para gupos interessados em apresentar seus espetáculos nestes espaços alternativos, o que ocorrerá no período de 22 a 29/08/2014.




Transcrevemos abaixo o Manifesto Convocatória e, a seguir o link para a inscrição.


MANIFESTO - II CIRCUITO ALTERNATIVO DE TEATRO

O Teatro que Resiste!

“Precisamos lembrar que nosso tempo
e nossa vida são agora”!

O “Movimento Todo Teatro é Político”, lançado em Fortaleza no dia 27 de março de 2009 em um manifesto na Praça do Ferreira, tem como objetivo primeiro a luta por políticas públicas de Estado para o teatro.

Compreendemos que essa luta reafirma-se na democratização de recursos públicos, produzidos pela classe trabalhadora, que devem fomentar um teatro que não esteja despojada do pensamento crítico e nem subordinado às pressões da indústria cultural mercantilista, alicerçada numa sociedades alheias aos direitos básicos do cidadão.

Portanto, é com o intuito de avançarmos cada vez mais que lançamos, por meio desse manifesto, o “II Circuito Alternativo de Teatro”. A meta principal é chamar a atenção da cidade e do poder público para novas formas de se pensar a arte e de estabelecê-la como continuidade da vida em sociedade, demarcando um teatro para além da preocupação puramente estética e construindo as bases de um teatro também ético que traz para a cena uma cidade “acolá”, “afora” e longe do grande eixo cultural, localizado entre o centro e a praia.

O II Circuito Alternativo de Teatro acontece nas sedes dos grupos e em seus entornos. É uma ação política, provocadora de uma “ordem estabelecida” e que aponta o descaso do governo com a arte e a cultura como prática e direito de todos. Vai além da circulação de espetáculos, pesquisas, oficinas e rodas de conversas entre os grupos e os diversos palcos e ruas de uma Fortaleza esquecida, para se apoderar teatralmente de territórios abandonados pelo Estado, preenchendo-os de ações que abrigam o que nos torna humano - imaginação, criação, afeto, encontro, cultura – que significa reconhecer que nosso compromisso com a arte não é puramente estético, mas também ético.

Reiteramos, também, com esse manifesto, a importância de estabelecermos relações cada vez mais próximas entre o teatro e a cidade, construindo um trabalho relevante e de uma base de sustentação social tão forte, que nos torne extremamente necessário para a sociedade. Compreendemos que para isso, precisamos criar laços, entrar em dialogo com o pequeno produtor e com o artista individual, consolidando forças que possam construir políticas públicas culturais de Estado, sustentadas por programas estabelecidos em lei e com orçamentos próprios. Precisamos edificar pontes que facilitem nossa velha e saudosa comunicação, mas sem que percamos de vista o teatro de grupo como sujeito histórico de nossa luta, pois ele reafirma nossa opção por uma ARTE não mercantilista.

Nossa luta é pela construção de uma ação que discuta o fazer teatral e o papel do artista e da arte em nossa sociedade e que se comunique com a vida no sentido de colaborar na formação de um mundo onde as condições sociais, políticas e econômicas, impulsionem uma sociedade na qual a cultura seja reconhecida e legitimada como um bem imprescindível para o desenvolvimento humano e a reafirmação da vida.

A cultura é elemento de união de um povo que pode fornecer-lhe dignidade e o próprio sentido de nação sendo, portanto, tão fundamental quanto à saúde, o transporte e a educação. É obra e identidade de um povo que fortalece o exercício crítico da cidadania na construção de uma sociedade democrática.
Portanto, a realização do II Circuito Alternativo de Teatro vem reforçar o grito de vários artistas e associações culturais que denunciam, constantemente, as omissões do poder público, que faz da política de editais a única ação de financiamento. Essa opção é agravada pela falta de assiduidade nos lançamentos comprometendo o mínimo de fomento à produção teatral do estado.

Reafirmamos que o II Circuito Alternativo de Teatro é uma ação organizada de forma independente do poder público e que agrega, além dos trabalhos dos grupos, o espaço necessário do encontro entre os coletivos e a cidade. Sendo uma ação política, reivindicatória e independente, se faz necessário que cada grupo se torne sujeito desse ato, reiterando esse manifesto e contribuindo com a realização, execução e produção dessa ação. O II Circuito Alternativo aposta no trabalho produzido pelos grupos de Teatro, por isso entra em confronto com a política cultural estabelecida que continua apostando nos grandes eventos, onde são aplicados milhões que nada deixam para a cidade.

São por todas essas questões que O Movimento Todo Teatro é Político, em parceria com o Fórum de Teatro, vem reafirmar nosso debate político na cultura e declara nossa posição contrária a grande omissão do governo em relação a construção de ações de continuidade para o teatro, vindo a público exigir:

1. Efetivação e urgência na regulamentação para pleno funcionamento do Fundo Municipal de Cultura assegurando as cotas de distribuição por linguagens e seus respectivos planos setoriais.

2. Ocupação de espaços públicos ociosos e/ou sem funcionalidade efetiva em espaços de atuação dos grupos de teatro da cidade e outros grupos culturais.

3. Criação de programas públicos (continuados) de cultura nas esferas municipal, estadual e federal em consonância assegurando a realização das suas metas.

4. Ampliação dos recursos e das edições dos editais de artes assegurando a participação de mais projetos contemplados e garantindo a sua realização anual e/ou semestral;

5. Ampliação dos recursos e regularidade do Festival de Teatro de Fortaleza sendo levado em conta as demandas da categoria com organização e acompanhamento do evento pelo fórum de teatro.

6. Ampliação dos recursos e regularidade da programação dos Teatros públicos garantindo uma programação efetiva e anual para categoria com divulgação e amplo acesso a população de fortaleza.

7. Funcionamento efetivo do SET – Sistema Estadual de Teatro de acordo com as metas
dos planos municipais e estaduais de cultura;

8. Assegurar um projeto de circulação de espetáculo e ação de formação em espaços públicos .

9. Realização dos planos setoriais; municipal e estadual.

10. Escola publica de teatro;

11. Assegurar a reforma e funcionamento do TSJ;

12. Criação de um centro de referencia estadual de teatro para ocupação, circulação, formação.

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